sábado, 22 de novembro de 2008

REFLEXÕES SOBRE NOSSA NOBRE PROFISSÃO




No módulo 5 da interdisciplina de ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO – Profissionais da Educação – fomos desafiadas a debater sobre as políticas de formação e valorização dos profissionais em educação no Brasil, refletindo sobre as condições do trabalho docente, a formação inicial e continuada dos professores e as concepções inerentes à profissão.

Após a leitura dos textos...

Os Trabalhadores Docentes no Contexto de Nova Regulação Educativa: Análise da Realidade Brasileira

Políticas Públicas para a Formação de Profissionais da Educação Básica.

...analisei também as lacunas presentes em minha prática. Algumas dessas lacunas têm origem em minha formação, outras nas condições de trabalho oferecidas e outras nos significados que eu mesma atribuo a esses fatores, ou seja, como reajo aos mesmos e como me posiciono frente a eles.
Uma matéria da edição 2088 da Revista Veja, de 26 de novembro de 2008, traz uma opinião interessante sobre a questão da formação de professores. A antropóloga Eunice Durham, uma das maiores especialistas em ensino superior brasileiro, não tem dúvida: os cursos de pedagogia perpetuam o péssimo ensino. Outra boa fonte de informação e reflexão, disponível em:

http://veja.abril.com.br/261108/entrevista.shtml


2 comentários:

Fabiane Penteado disse...

Oi Cris!

Onde estão as tuas reflexões!?
Fui lendo, lendo, tentando achar as tuas reflexões, mas só encontrei os links dos textos que tu leu...

Seria isso?
:-)

Bjão
Fabi

Cristina disse...

Na verdade, as reflexões estão no fórum, cujo link esqueci de incluir e agora não está mais disponível (o prof. Leonardo está vendo isso). Segue minha participação:

Tenho dois concursos de 27 horas semanais na rede municipal de Ivoti, na Educação Infantil (creche). Temos um bom Plano de Carreira, elaborado há poucos anos, que prevê o avanço em classes (A, B, C...) com acréscimos de 10% sobre o vencimento básico após o 1° triênio de exercício e 80 horas de cursos; depois mais 10% após 4 anos e 100 h/curso... A graduação aumenta em 45% o vencimento (acho) e a pós, 5%. Este ano, nós – da creche - também fomos contempladas com as horas de planejamento previstas por lei, depois de intensos debates sobre a necessidade e importância deste espaço, além de ser um direito nosso. O PEAD está agregando novas dimensões à minha vida, tanto pessoal quanto profissional. Além das novas idéias – teóricas e práticas - para aplicar com os alunos, minha visão e participação nos assuntos pedagógicos e administrativos discutidos nas reuniões da escola e da rede tornaram-se mais profundas e pertinentes. Apesar do preconceito da maioria das pessoas com relação aos cursos na modalidade EAD, considero que a aprendizagem depende da dedicação do aluno, além de um bom currículo – que temos - e organização adequada, que vem melhorando na nossa caminhada. A Secretaria de Educação do município oferece um seminário municipal anual muito bom, em geral, e dois incentivos de R$ 50 para o professor fazer um curso dentro do seu horário de trabalho (dois dias) e um fora. Acredito que isso é pouco incentivo para a qualificação esperada... Também temos encontros para a reelaboração dos Planos de Estudos e do PPP. Minha escola é urbana, com boas condições físicas de trabalho, salas amplas com um n° de alunos que varia entre 9 – no Berçário 1 – e 20 – no Nível 5. Temos solário, pátio coberto, um campinho com grama sintética, duas pracinhas e outras áreas ao ar livre, brinquedoteca, salas de atividades múltiplas e de TV. Não há laboratório de Informática, mas temos banda larga e 3 computadores para uso dos professores. Alguns serviços de apoio deixam a desejar, outros são eficientes; o diálogo com a direção é aberto, há Conselhos de Classe, Círculo de Pais e Amigos e representantes para reuniões diversas na Semec. A relação família-escola varia muito: há aquelas que participam e apóiam de várias maneiras e outras só criticam. Os pais ainda participam mais do desenvolvimento dos filhos, talvez por serem pequenos. Meu salário-base para 27 h semanais é de quase R$ 950, sendo ridículo um piso desses para 40 h semanais. Se pudesse, trabalharia menos, mas o custo de vida se torna cada vez mais alto, enquanto o nosso salário não acompanha as perdas constantes. Sou sindicalizada - nosso sindicato vem se fortalecendo, mantendo convênios, buscando melhorias diversas – e temos a APMI (Associação dos Professores Municipais de Ivoti), que já esteve mais bem representada. Gosto muito do meu trabalho e sei que atuo numa realidade privilegiada; e todos os dias agradeço a Deus por isso.
(Vou fazer nova postagem, acho.)
Abraço,
Cris