sábado, 8 de maio de 2010

QUANDO MENOS É MAIS!

Para mim, o encerramento de uma temática em estudo é, quase sempre, motivo de angústia.
Primeiro, porque novas ideias de atividades vão surgindo durante o desenvolvimento daquilo que planejei, inclusive por sugestões de colegas, alunos e equipe de apoio.
Segundo, porque nem tudo o que planejei foi aplicado, por diversos motivos: os alunos não demonstraram o interesse esperado; algumas atividades mostraram-se, afinal, simples ou complexas demais...
E, por fim, não obtivemos (todas) as respostas pretendidas!
Mesmo tendo consciência de que todas as particularidades mencionadas integram a realidade escolar e são perfeitamente aceitáveis, dentro de certos limites, tenho a impressão de que encerro algo imperfeito, quando gostaria de avançar para uma próxima etapa com todos os objetivos anteriores alcançados. Esta mania de perfeição, este ímpeto de atingir o inatingível já me trouxe muito sofrimentos... Agora, mais consciente acerca das limitações alheias - e das minhas - tento transformar as lacunas em oportunidades de aprendizagem e aprimoramento.
Na prática profissional, por exemplo, quando percebo a inadequação de uma atividade prevista, modifico-a, na medida do possível, ou adio a sua realização. E não considero essa estratégia como algo negativo ou menor, como parece sugerir o arquiteto, político e ativista social brasileiro Francisco Whitaker Ferreira em sua obra Planejamento sim e não:

"Uma ação planejada é uma ação não improvisada; uma ação improvisada é uma ação
não planejada." (Ferreira, 1985, p.15)
Percebo que o improviso tem um papel fundamentalmente positivo no meu ambiente de trabalho, ainda mais nestes dias chuvosos em que a pracinha - inundada - pode ser admirada apenas através das vidraças da sala de aula. Os amplos movimentos ao ar livre são, então, substituídos por brincadeiras como “vivo- morto”, as quais não suprem totalmente a falta dos brinquedos da praça, mas também promovem alegria, entretenimento saudável e movimento.
E assim, através das reformulações do planejamento pedagógico, conforme as necessidades do meio ou do grupo, torna-se evidente a flexibilidade que caracteriza esse meu instrumento de trabalho.

Um comentário:

Patricia Grasel disse...

É Cris, muitas são as ideias, mas nem sempre conseguimos colocá-las em prática como planejamos, no entanto o que vale é nossa vontade de inovar e de fazer o melhor, nosso real comprometimento com a qualidade da educação, isso sim, faz a diferança em nossas ações pedagógicas.
Adorei sua postagem, pelo visto vc está tendo sucesso em sua prática de estágio, que maravilha... bjo, bjo