terça-feira, 6 de outubro de 2009

O QUE SÃO... CULTURA SURDA E COMUNIDADE SURDA

A primeira atividade da interdisciplina de LIBRAS - pesquisar sobre cultura surda e comunidade surda – oportunizou a construção de conhecimentos sobre um assunto que parece estar muito distante da minha realidade, uma vez que não mantenho contato direto com pessoas surdas. Entretanto, percebo a importância de conhecer certos aspectos sobre esse cidadão que entende o mundo de um modo diferente, mas que também tem o poder de modificá-lo para torná-lo acessível e habitável, conforme suas percepções visuais.

De posse dos cinco sentidos, a maioria das pessoas, acredito, utiliza apenas uma pequena parte de suas capacidades físicas e intelectuais. Constantemente, deparamo-nos com situações reais que provam que não há limites para o desenvolvimento lingüístico, cognitivo, afetivo, sociocultural e acadêmico do ser humano, e este desenvolvimento não depende da audição. Assim como qualquer ser humano, a pessoa surda necessita de estímulos adequados às suas necessidades individuais para desenvolver a sua capacidade de comunicação, construir a auto-estima e ter um bom desempenho acadêmico, social e espiritual.

Uma comunidade, enquanto sistema social geral, reúne pessoas que vivem juntas, compartilham metas comuns e dividem responsabilidades umas com as outras; assim definem Padden e Humphires (2000, p. n5).

As comunidades surdas do Brasil e do mundo são diversificadas e as diferenças em relação a hábitos alimentares, vestuário e situação socioeconômica são geradores de variações lingüísticas regionais. Uma comunidade surda, de fato, não é formada apenas por sujeitos surdos, mas também por sujeitos ouvintes (membros de família, intérpretes, professores, amigos e outros), que participam das atividades e compartilham interesses comuns.

A língua, as idéias, as crenças e os valores, os costumes e as tradições, as regras de comportamento e os hábitos... tudo isso faz parte da cultura surda e deve ser levado em consideração ao interagirmos com o sujeito surdo.

Hoje, após as leituras realizadas, considero-me um pouco menos limitada... Para estabelecer uma boa comunicação com uma pessoa surda, manteria contato visual com o outro e, se necessário, chamaria sua atenção através de um leve toque no ombro ou no braço, ou acenaria. Dependendo da situação, daria umas batidinhas no chão (se faz sentir a vibração através do corpo) ou piscaria uma luz. Conversaria com o surdo olhando em seus olhos, apontaria, escreveria ou dramatizaria. Utilizaria muitas expressões faciais e corporais, já que não domino a língua de sinais.

REFERÊNCIAS:


Comunidade e Cultura Surda do Brasil. Texto da interdisciplina de LIBRAS. Pead, UFRGS, 2009. Disponível em:
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/libras/unidade1/comunidade_culturasurda.htm
SÁ. Nídia Limeira de. Existe uma cultura surda? In: Cultura, poder e educação de surdos. São Paulo: Paulinas, 2006. Disponível em:
http://www.eusurdo.ufba.br/arquivos/cultura_surda.doc

Um comentário:

Patricia Grasel disse...

Cris,
Legal saber que a atividade proposta pela interdisciplina de LIBRAS, mesmo sendo distante de sua realidade, te fez refletir e te trouxe um novo contexto. Realemnte é fundamental compreendermos como funciona e quais as necessidades dos protadores de deficiência auditiva, para que possamos, como educadoras e como cidadãs, estar sempre prontas a conviver diminuindo as diferenças entre todos. Nunca sabemos quam estará em nossa sala de aula e precisamos estar capacidades para atender alunos surdos com igualdade.
Bjos