terça-feira, 6 de outubro de 2009

ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS... UM DESAFIO!




Na 2ª parte da Unidade 2 de EJA, o estudo da psicogênese da língua escrita foi-nos proposto a partir da leitura de um texto de Regina Hara. As reflexões, socializadas em grupos menores em fóruns no Rooda, possibilitam diferentes olhares sobre a mesma ideia e também diferentes ideias sobre o mesmo assunto: alfabetização de adultos. A autora apresenta, em seu livro, resultados de um trabalho de dois anos com educandos jovens e adultos em processo de alfabetização. Seu referencial teórico busca apoio em Paulo Freire e Emilia Ferreiro.


Na apresentação de seu trabalho, afirma que:


Uma das questões que notamos como central e que mereceu uma maior sistematização é a da metodologia da alfabetização de adultos. Normalmente levados por uma leitura mecânica da chamado método Paulo Freire, educadores de adultos têm aceitado o desafio simplista de, escolhidas determinadas palavras ligadas à realidade do educando, desenvolver processos de discussão e/ou aprendizagem que impliquem simplesmente na decodificação de tais palavras e na sua silabação visando à construção de novas palavras. Tais movimentos, além de se tornarem mecânicos (como se o processo de alfabetização fosse um processo linear de incorporação de novas sílabas ao universo de aprendizagem dos educandos), acabam não considerando a experiência acumulada por este educando e suas hipóteses a respeito de como tal processo de escolarização se realiza. (HARA, 1992)


Até agora, as discussões no fórum Grupo 2 - Dimensões da prática pedagógica e concepções epistemológicas. ressaltaram a importância de associar, na educação de jovens e adultos, o respeito ao universo do educando aos processos de aprendizagem dos códigos de ler e escrever, bem como os desafios enfrentados por esse aluno diferenciado e os motivos que o levam a buscar uma formação escolar.


Aguardo ansiosamente a 2ª aula presencial, com a proposta de um trabalho específico de discussão sobre as ideias apresentadas por Regina Hara, para buscar mais informações e trocar opiniões presencialmente com toda a turma.


REFERÊNCIAS:


HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992.


2 comentários:

Patricia Grasel disse...

Cris querida,

Legal ler essa sua postagem, achei ela bem completa e detalhada sobre a atividade prooposta pela interdisciplina de EJA. Melhor ainda é saber que as aprendizagens dessa interdisciplina estão te deixando com gostinho de quero mais. Quando você escreve que está aguardando ansiosa a próxima aula. Realmente é através das discussões, das trocas de ideias e opiniões que conseguimos interagir, construir e organizar as informações.

Bjos

Luciane Machado disse...

Cristina,um dos pontos apresentados no texto da autora Regina Hara, são os problemas enfrentados por parte dos alunos e professores, que você também destaca.Outra questão é como está sendo desenvolvido o processo de alfabetização, diferente ao que Paulo Freire propõe.O que se quer em Eja é que a alfabetização dialogue com a relaidade dos alunos, suas vivências e que este faça a leitura crítica do mundo, da sociedade, mas uma leitura com intervenção, participe ativamente da sua comunidade, dando opniões, conseguindo mudanças.Bjs.