sábado, 30 de maio de 2009

ATIVIDADE DE LEITURA E ANÁLISE DO ENSAIO DE ADORNO




ADOREI Adorno pela maneira envolvente com que aborda esse episódio vergonhoso da história da Humanidade.


ODIEI Adorno por me confrontar com a minha dificuldade de escrever pouco, sintetizar, excluir informações que, a meu ver, nunca são demais.

Segundo o texto do filósofo e sociólogo alemão Theodor Ludwig Wiesengrund-Adorno (1903-1969) intitulado “Educação após Auschwitz”, a estrutura da sociedade - a busca do interesse próprio de cada um contra os interesses de todos os demais - impregnada no caráter humano e a frieza das relações interpessoais gerou uma incapacidade de identificação que teria sido a principal condição psicológica para que Auschwitz pudesse acontecer no meio de uma coletividade relativamente civilizada e inócua. O autor destaca que as condições que produziram aquele horror ainda perduram: a pressão da sociedade impele os homens até o indescritível.

Para evitar que a barbárie se repita, Adorno cita a educação, em dois aspectos: primeiro, a educação infantil, sobretudo na primeira infância; depois, o esclarecimento geral, criando um clima espiritual, cultural e social que não dê margem a um clima em que os motivos que levaram ao horror se tornem conscientes, na medida do possível.

Na minha opinião, estudar os culpados de Auschwitz, com todos os métodos disponíveis na ciência, mesmo através de psicanálises prolongadas que levariam anos, talvez décadas para, possivelmente, elucidar como uma pessoa pode chegar a isso, seria, sim, um recurso válido na conscientização das gerações atuais e futuras, dependendo, é claro, da divulgação e das medidas educativas utilizadas.

Quanto à esperança de “nunca mais fazerem o que fizeram”, uma vez conhecidas as condições internas e externas que as transformaram no que são – se partirmos da premissa hipotética de que isso é possível – então chegaríamos a conclusões práticas – muito úteis se divulgadas e aplicadas - para que essas condições não tornem a ocorrer.


Um comentário:

Gláucia Henge disse...

Olá! Interessante sua análise quanto ao amor e ao ódio despertados pela leitura de Adorno! Observe apenas que ao comentar a validade do estudo psicanalítico dos responsáveis, parece que a idéia originalmente é sua!