segunda-feira, 13 de outubro de 2008

SER PROFESSORA...



Na interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade: uma abordagem sociocultural e antropológica, as leituras - tanto obrigatórias, quanto complementares - vêm propondo aproximações com a prática e reflexões sobre a realidade da educação e da sociedade atuais.
A primeira dessas reflexões foi sobre o nosso fazer cotidiano: o que é realmente ser professora? Dialogando com Paulo Freire, relembrando as aproximações com o seu pensamento, pesquisando, retornando aos textos sugeridos, pensei novamente sobre a minha própria formação docente, trazendo exemplos da experiência como professora, destacando os aspectos marcantes na formação do professor e as implicações desta formação no trabalho que hoje desenvolvo com meus alunos e alunas da Educação Infantil.


Destaco alguns trechos desta atividade, disponível em:

https://www.ead.ufrgs.br/rooda/webfolio/abrirArquivo.php/Usuarios/22709/Disciplinas/7728/ECS1.doc

“Ser professora e suas implicações históricas”

Embora diferentes na forma de apresentação e no conteúdo propriamente dito, Pedagogia da Autonomia – rebuscado e denso – e Pedagogia da Autonomia – leve e emocionante – refletem o pensamento crítico deste grande educador brasileiro, que chegou a ser exilado por causa de sua filosofia educacional inovadora, em especial a alfabetização como um processo de conscientização e libertação.
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Ao optar exclusivamente pela atuação numa escola de Educação Infantil, libertei-me da “obrigação” de aprovar ou reprovar o aluno no final de um lindo processo de construções, intervenções e descobertas, às vezes considerado insuficiente pelo professor da série seguinte, adepto do ensino “bancário”.
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Movida também pela consciência da precariedade da minha formação inicial, procuro o aprimoramento de minha prática através de leituras constantes, cursos, troca de experiências com colegas e, recentemente, o curso de Pedagogia à Distância, mais compatível com a minha carga horária semanal de 54 horas.
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Quando penso nas implicações de permanecer 10 horas diárias com meus alunos de 2 – 3 anos, fico emocionada e muito preocupada com a responsabilidade que tenho em mãos, afinal, sou um referencial importantíssimo para eles, sob vários aspectos. Conforme Freire, ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo. E confesso que essa compreensão muitas vezes me assusta. Como conscientizar esses pequenos cidadãos do seu direito e do seu dever de mudar o mundo?
Recentemente, a escola promoveu mais uma edição da Mostra de Vivências, uma exposição interativa do trabalho realizado com as turmas do Berçário I até o Nível V. As crianças, as famílias e a comunidade em geral puderam conhecer os projetos desenvolvidos nessa instituição da rede municipal de ensino, explicados pelos próprios alunos. Um exemplo de que na Educação Infantil também é possível pesquisar, criar, construir conhecimentos e, principalmente, idealizar um mundo repleto de sonhos possíveis!
Concluo minhas reflexões com uma frase marcante de Paulo Freire, que considero uma síntese dos meus sonhos como mulher, mãe e educadora:
“Não creio na amorosidade entre mulheres e homens, entre os seres humanos, se não nos tornamos capazes de amar o mundo.”





Um comentário:

Simone disse...

Olá Cristina! Passei aqui para visitar teu portfólio e encontrei esta postagem referente a interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade. "O que é realmente ser professora?" Esta é uma questão que deve nos acompanhar sempre, ao longo dos anos de exercício e de estudo, pois a cada semetre, a cada ano aprendemos e ensinamos novas coisas. Fiquei pensando se agora, depois de ter lido outros autores na interdisciplina de ECS e nas demais, terias mais algumas coisas para acrescentar na tua reflexão. O que achas? Um abraço, Simone - Tutora sede ECS