quinta-feira, 17 de setembro de 2009

As preocupações de Comenius...



Através do segundo enfoque temático da interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, conheci um pouco da vida e da obra do “pai da Didática”, Ian Amos Comênio, um pensador do século XVII. De sua obra principal - “Didática Magna” - li a saudação ao leitor e o índice - realmente muito estranhos, na atualidade!

Os desafios propostos: perceber as preocupações educacionais da obra e encontrar, no meu cotidiano escolar, elementos da pedagogia desse ousado professor... Sim, pois erguia uma voz quase solitária em seu tempo, defendendo a escola como o "locus" fundamental da educação do homem, sintetizando seus ideais educativos na máxima: "Ensinar tudo a todos", que, para ele (1997, p.95), significava os fundamentos, os princípios que permitiriam ao homem se colocar no mundo não apenas como espectador, mas como ator.

Percebi, através das leituras realizadas, que Comênio preocupava-se com o sucesso escolar dos alunos e, na escola de Educação Infantil em que atuo, a maioria dos professores também investe muito esforço na efetiva construção da aprendizagem, sob vários aspectos. Consideramos as necessidades e as capacidades dos alunos e alternamos atividades dirigidas e livres. O bom relacionamento entre todos é incentivado sempre. Muitas vezes, eu também gostaria de descobrir um método com o qual eu “ensinasse” - ou falasse - menos e meus alunos “aprendessem” – ou ouvissem – mais... “Menos barulho, menos enfado, menos trabalho inútil” também seriam bem-vindos, assim como “mais recolhimento, mais atrativos e mais sólidos progressos”! Assim como idealizava Comênio, em minhas propostas de trabalho, incluo a observação e a experimentação, privilegiando a exploração dos cinco sentidos e o estudo, com atividades lúdicas, sobre alguns temas da natureza. Entretanto, percebo uma mistura do novo e do velho na minha prática, pois sou um pouco de tudo o que vivi até agora, no âmbito familiar, escolar e social e, por mais que tente me livrar de certas características indesejáveis, elas afloram... estão por demais enraizadas no meu ser.




Um comentário:

Patricia Grasel disse...

Cris, ótima postagem, gostei.

Com os links que vc colocou consegui viajar em uma leitura hipertextual :)

Bom, aproveito para deixar registrado que a reflexão que vc faz no final da postagem onde autoavalia sua própria prática pedagogica, que explora propostas de trabalho, incluindo a observação e a experimentação, a exploração dos cinco sentidos e o estudo, com atividades lúdicas realmente é o que se espera de um professor, que ela abra as possibilidades de seu planejamento unificando temas, com conteúdos e ferrmantas, tudo pensando sempre em criar boas estrategias de aprendizagens.
As velhas práticas não precisam deixar de ser exploradas, mas elas podem ser resignificadas de acordo com as novas possibilidades que temos ao redor.

Quem sabe vc aproveita sua reflexão e dá uma lidinha nos textos que estão na biblioteca do Rooda que falam de arquiteturas pedagógicas, tenho certeza que vc vai adorar!

Bjokas