sábado, 31 de maio de 2008

Tecendo redes de aprendizagem...

O fórum Tecendo redes de aprendizagens no Planejamento de Estudos Sociais, propôs a criação de um espaço de tecitura de saberes/fazeres docentes, que auxiliasse na discussão e na elaboração de um planejamento em Estudos Sociais, trocando experiências, compartilhando e concretizando situações educativas que integrem a escola, a comunidade e a cidade em que vivemos e educamos... A discussão inicial:

Quais redes de aprendizagem em Estudos Sociais vocês, educadores, visualizam no cotidiano de sala de aula?

Sempre fico muito "mexida" com os questionamentos da professora Simone, que acabam revelando nossas fraquezas como cidadãos e também como educadores. Quando ela cita uma leitura da Pedagogia presencial (Casa Grande & Senzala, do Gilberto Freyre) para compreendermos grandes choques culturais, especialmente com as culturas indígena e africana, fico apreensiva com as lacunas da minha formação inicial e com a escassez de tempo para investir no aperfeiçoamento dessa formação.
Pensando nisso, estou decidida a me licenciar em um dos concursos de 27 horas semanais, a partir de março ou abril de 2009; reorganizando com sacrifício o já complicado orçamento familiar para poder investir em qualidade de vida com maior realização pessoal e profissional!

Formas geométricas na Educação Infantil

Na interdisciplina de Matemática, vimos que é possível trabalhar classificação com geometria, através de exercícios bastante instigantes. Assim, fomos desafiadas a usar a criatividade e propor uma atividade bem interessante que abordasse esse assunto. Espero ter uma turma de alunos maiores no ano que vem para utilizar novamente muitas dessas atividades planejadas e pensadas de maneira um tanto "superficial" com meus alunos tão pequenos. Digo isto porque acredito que o objetivo maior agora é brincar. Mesmo assim, penso que vale a pena investir em atividades bem pensadas e dirigidas já na Educação Infantil com o intuito de possibilitar melhor desempenho escolar nos primeiros anos do Ensino Fundamental, quando as exigências com as aprendizagens dos conteúdos é bem maior.

Turma:
Maternal II A (2 anos e 5 meses a 3 anos)

Atividade:
Interação com sólidos geométricos.

Objetivos:
- manipular e pintar os objetos oferecidos;
- descobrir e apontar algumas semelhanças e diferenças entre os sólidos geométricos utilizados;
- separar os objetos pintados em grupos, conforme as características reconhecidas;
- auxiliar na montagem de móbiles para enfeitar a sala de aula.

Desenvolvimento:
A professora oferecerá diversos objetos para serem pintados pelos alunos com tinta apropriada, pincel ou a própria mão, em quantidade suficiente para que cada um possa escolher e pintar dois, três ou quatro, se assim o desejar.
Os objetos que serão utilizados são:
- caixas de papelão, de tamanhos e formatos diversos, viradas pelo avesso e coladas novamente;
- latas vazias sem os rótulos;
- rolinhos de papelão (de papel higiênico, papel-toalha...), coladas nas extremidades para que fiquem fechadas;
- bolinhas de isopor de diferentes tamanhos;
- alguns sólidos montados com papel-cartão, como pirâmides, prisma pentagonal ou hexagonal.

Depois dessa manipulação inicial, esperar que a tinta seque e propor a observação dos objetos, levando os alunos a perceberem a existência ou ausência de pontas, os cantos, a forma cilíndrica... tudo isto com termos adequados ao seu vocabulário, é claro. Durante essa discussão, separar os objetos em grupos, de acordo com as características observadas e verbalizadas e montar, com o auxílio das crianças que ainda estiverem interessadas, um móbile com cada grupo de sólidos.

Observação:
Como as crianças dessa idade, em geral, ainda não conseguem permanecer concentradas por muito tempo nas atividades dirigidas, pode ser mais produtivo desenvolver apenas um dos momentos da atividade a cada dia e oferecer outras alternativas de entretenimento para aqueles que não demonstram interesse pela proposta apresentada.

Pesquisando, reaproveitando e... inovando!

Sabemos que a maioria das crianças se interessa muito pelos fenômenos da natureza, pelos animais, enfim, pelas atividades que podem ser propostas na disciplina de Ciências. Depois de assistir as apresentações “O Sol da Meia-noite” e “Luz e Sombra”, na biblioteca da interdisciplina no ROODA e de ler os textos "O Sol que Cura e o Sol que Mata", de Alexandre Feldman, "Os Domingos Precisam de Feriados", de Nilton Bonder, e "A Difusão do Pensamento de Edgar Morin na Pesquisa em Educação Ambiental no Brasil", de Adriana Piva, deveríamos elaborar um planejamento para desenvolver estudo sobre “ciclos da natureza” com nossos alunos.
Algumas questões a serem abordadas:
a) fatores ambientais necessários para manutenção do equilíbrio deste ciclo;
b) importância deste ciclo para a preservação das espécies animais e vegetais;
c) importância deste ciclo para a humanidade;
d) interferência do ser humano no desequilíbrio deste ciclo;
e) conseqüências para a sobrevivência da humanidade causadas pelo desequilíbrio deste ciclo.

E agora? Meus alunos são tão pequenos...

Mesmo assim, acredito que consegui realizar uma atividade importante e pertinente no Maternal II A, contando a história de uma cadeia alimentar com recursos visuais e discutindo alguns aspectos muito simples com as crianças, mas que despertaram profundo interesse e atenção de todos, algo difícil para essa faixa etária.

Esta atividade está detalhada no webfólio da disciplina de Ciências, no Rooda, nomeada como
mod 2 at 2 ciclos cristina luiza metz hanauer.doc

terça-feira, 13 de maio de 2008

Concepções de Natureza

Uma das propostas da interdisciplina foi a representação de palavras com desenhos. Optei por realizar essa atividade com um grupo de 6 colegas, pois trabalho 10 horas diárias numa escola de Educação Infantil, com uma turma de Maternal II A, cujos alunos têm entre 2 anos e 4 meses e 2 anos e 10 meses. Assim como na aula presencial, comparamos as representações feitas e constatamos que algumas ficaram idênticas (luz, planeta, coração), outras muito diferentes (força, energia, célula) e as mais difíceis de representar foram as de natureza abstrata (átomo, elétron).
Através de atividades em que os estudantes expressem suas representações sobre os temas científicos que pretendemos introduzir, podemos problematizar suas concepções e integrar novas informações e conceitos, ampliando aquelas visões iniciais e transformando seus conhecimentos prévios.
Considerando as relações possíveis entre os saberes alternativos de alunos e professores e o conhecimento científico, bem como a importância de ambos no Ensino de Ciências, as idéias de certo e errado são, mais uma vez, relativizadas: o erro dos alunos passa a ser fonte de reflexão para o professor. Isso, aliado ao conhecimento e análise de alguns processos históricos de constituição de teorias científicas, pode gerar a manipulação de alguns dos instrumentos do processo de produção de conhecimentos, tais como:
- a construção de problemas de investigação, de relações entre fatos e fenômenos;
- a criação de explicações hipotéticas, de situações experimentais e de justificativas;
- a testagem de hipóteses;
- a busca de informações através de pesquisas bibliográficas;
- um novo posicionamento em relação às informações adicionais;
- a observação de regularidades e discrepâncias;
- a descrição de fenômenos naturais;
- a comparação dos dados observados com os dados da literatura;
- a coordenação de conceitos de diferentes disciplinas – interdisciplinaridade;
- a integração de diferentes informações;
- a escolha de critérios de classificação;
- a tomada de decisões, a emissão e o confronto de opiniões.
Enfim, cabe ao educador consciente encontrar alternativas pedagógicas que tratem a
ciência como processo descontínuo de construção de conhecimentos e de verdades sempre provisórias, desconstruindo universalismos e mostrando aos seus alunos a parcialidade dos conhecimentos produzidos em nossas sociedades.

Brincando de mercadinho... aprendendo um pouco sobre o sistema monetário!

Organizei os meus alunos de Maternal II A (2 anos e 4 meses a 2 anos e 10 meses) na rodinha sobre o colchonete e iniciei um diálogo muito simples sobre compras:

- Quem já foi no mercado?
- Com quem foi?
- O que tem lá?
- O que compraram?
- O que a mãe (ou pai) usou para pagar as compras... o que deu para a “tia” do mercado?

Depois de esgotada essa discussão inicial, apresentei as notas de dinheiro de brinquedo e expliquei que esse dinheirinho é de brincadeira, “de continha”, mas parecido com aquele que as pessoas usam para pagar as compras nas lojas, supermercados, farmácia, etc.
Propus, então, que brincássemos de mercado e organizamos na sala algumas mesas e cadeiras com potes, caixinhas, frascos e embalagens vazias de produtos presentes no nosso dia-a-dia. Também utilizamos cestinhas, bolsas, carteiras, chapéus, sapatos e roupas diferentes... para incutir maior realismo e, ao mesmo tempo, fantasia à nossa brincadeira.
É claro que surgiram pequenas disputas pelos papéis e produtos considerados mais interessantes – o caixa, o empacotador, o cereal, o condicionador “grande”, mas esses conflitos são naturais e contribuem para a assimilação de valores, posturas e certamente fortalecem os laços afetivos entre o grupo.
Minha interferência também se fazia necessária quando alguém monopolizava o capital disponível. Ouvindo os argumentos usuais, o “ganancioso” acabava dividindo o dinheirinho com os amigos.
Enquanto brincavam livremente de comprar, vender e transportar suas compras, pude observar a reprodução de gestos, falas e costumes dos adultos, o que ocorre também em outras simulações de situações do cotidiano. Procuro utilizar essas observações para nortear o meu planejamento, propondo novas intervenções e avaliando tanto o desenvolvimento dos alunos como a minha própria prática educativa.
Numa futura reedição da atividade, pretendo usar outros produtos de compra e venda – roupas, materiais escolares, brinquedos – e confeccionar moedas com material seguro para a faixa etária.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Brincando com o corpo e construindo noções de espaço na Educação Infantil

As crianças do Maternal II A da Escola Municipal de Educação Infantil Bem Querer, em Ivoti, estão sempre dispostas a participar das atividades propostas pelos professores... talvez por terem ingressado muito cedo na escola, a maioria aos 4, 5 ou 6 meses de vida. Agora, aos 2, 3 anos, qualquer brincadeira nova é motivo de festa para eles!
Hoje desenhei 18 círculos com giz de quadro no parquê da sala - 16 para os alunos e 2 para as profes - e ocupamos, cada um, um dos círculos. Então, fui orientando:
- Vamos girar dentro do círculo;
- Agora abaixar;
- Levantar;
- Todos pulando para fora do círculo;
- Pular para dentro;
- Deitar e "dormir";
- Acordar e trocar de círculo, procurar outro lá longe;
- E, por último, dar um abraço no amigo que está pertinho! (É claro que todos deram e receberam mais abraços do que o previsto pela atividade...)

Através desses comandos simples, nos divertimos muito e, é claro, os pequenos estabeleceram importantes relações espaciais como dentro-fora, perto-longe, além de experimentar as possibilidades de movimento do próprio corpo e construir conhecimentos acerca do espaço físico utilizado e seus limites.

sábado, 3 de maio de 2008

PLANO DE ESTUDOS INDIVIDUAL

PLANO DE ESTUDOS INDIVIDUAL

Objetivos de Aprendizagem:

Ampliar meus conhecimentos sobre o uso de algumas das ferramentas tecnológicas ao meu alcance: programas para edição de fotos, vídeos, imagens...; criação de apresentações de slides, funções do teclado e da multifuncional e de outras possibilidades disponíveis nos softwares instalados.
Explorar os programas HP Photosmart Essential, Microsoft PowerPoint, Nero StartSmart e outros, se possível, para qualificar os registros sobre minhas aprendizagens acadêmicas, alguns aspectos do desenvolvimento dos meus alunos e também fatos da história familiar.
Recursos e Estratégias:

Pretendo utilizar apostilas, manuais, vídeos explicativos, tutoriais e outras fontes de informações sobre os objetos de estudo, além de conversas com colegas de trabalho, colegas da faculdade, professores e tutores.
Se necessário, buscarei auxílio no Laboratório de Informática do Pólo de São Leopoldo.

Período de realização:

Meses de maio, junho e julho de 2008, nos períodos de planejamento na escola, à noite e finais de semana.

Evidências:

Para demonstrar as aprendizagens e conquistas alcançadas, apresentarei as imagens, fotos, vídeos e slides manipulados, com a devida autorização das pessoas envolvidas, além de desenhos e outros esquemas próprios desenvolvidos para a realização das tarefas – um “passo-a-passo”.

Bibliografia:

Ainda não disponho de dados bibliográficos, apenas alguns manuais e endereços eletrônicos.

Mais reflexões sobre a Linha do Tempo



Revisitando a Linha do Tempo depois de concluída, percebo que os precursores da utilização do computador em atividades acadêmicas o fizaram 8 anos antes do meu nascimento, ou seja, faz um tempão...


O projeto LOGO na educação passou a envolver crianças em 1977, 20 anos antes de eu mesma ter um pouco de contato com essa tecnologia, ao ingressar no curso de Magistério, em 1997, ano em que foi lançado o Programa Nacional de Informática na Educação, o PROINFO.


Em 2007, 10 anos depois, volto à sala de aula, desta vez na minha própria casa, graças a essa fantástica tecnologia que me possibilita novas e surpreendentes aprendizagens a cada dia: a exploração de sites educativos; a utilização de programas específicos para escrever, desenhar, entreter...; a conexão com colegas, professores e tutores; o acesso a bibliotecas virtuais são apenas algumas das ferramentas que proporcionam maior qualidade no aprender, no ensinar e no viver!


Se no passado a Informática era uma tecnologia distante do meu mundo, no meu futuro ela estará cada vez mais presente!